Cerca de 50 mil pessoas se concentraram hoje na Avenida Halaskargazi, que leva à Praça Taksim, em Istambul, palco de violentos confrontos entre manifestantes e a polícia da Turquia no ano passado. Pelo menos uma pessoa morreu.
Os protestos contra a violência policial se intensificaram ontem, depois da morte de um jovem de 15 anos feridos nove meses atrás pela explosão de uma bomba de gás lacrimogênio.
Na época, o protesto era contra a construção no Parque Guézi, uma das últimas áreas verdes do centro da maior cidade turca. As manifestações recomeçaram com a divulgação de gravações telefônicas clandestinas em que o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan discute com um filho a melhor maneira de esconder dinheiro sujo da corrupção.
Hoje, depois do enterro de Berkin Elvan, a multidão queria deixar cravos na Praça Taksim em homenagem ao adolescente morto. A polícia bloqueou o acesso à praça. Um comitê de campanha do Partido da Justiça e do Desenvolvimento foi incendiado. É o partido islamita moderado liderado por Erdogan.
Em campanha para as eleições municipais de 30 de março de 2014, o primeiro-ministro ignorou a morte e os protestos. A votação está sendo vista como um plebiscito sobre o governo central.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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