Depois de ser obrigado a desbloquear o acesso ao Twitter, o governo da Turquia censurou o YouTube hoje, a apenas três dias das eleições municipais, vistas como um plebiscito sobre o autoritário primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, envolvido em escândalos de corrupção.
Nas últimas semanas, vazaram para as redes sociais gravações de telefonemas de Erdogan com assessores próximos, grandes empresários e com o próprio filho, com quem o primeiro-ministro discutia maneiras de esconder milhões de dólares supostamente oriundos de corrupção.
As últimas gravações revelam um debate interno no governo turco sobre uma possível intervenção na guerra civil da vizinha Síria com tropas e tanques. Erdogan alegou ser uma questão de segurança nacional.
Como o primeiro-ministro está sob investigação, acredita-se que os vazamentos sejam "fogo amigo", gente do próprio governo interessada em abalar Erdogan, envolvido numa disputa de poder com o presidente Abdullah Gul pela liderança do Partido da Justiça e do Desenvolvimento, islamita moderado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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