Alguns dados do simulador de voo do piloto do Boeing 777 da companhia aérea Malaysia Airlines desaparecido há 12 dias foram apagados no início de fevereiro, revelaram hoje investigadores da Malásia. O ministro dos Transportes malasiano, Hishammuddin Hussein, disse que os peritos estão tentando recuperá-los.
Diante do mistério do voo MH370, que sumiu sem deixar rastro com 239 pessoas a bordo e voou sete a oito horas depois de desligar todos os equipamentos de comunicação de bordo, o inquérito se concentra nos tripulantes, no resto do pessoal da Malaysia Airlines e em passageiros com capacidade técnica para reprogramar o sistema de voo e alterar a rota do avião. As autoridades malasianas estão convencidas de que o Boeing caiu no Oceano Índico.
Os dados foram removidos do simulador do piloto Zaharie Ahmad Shah em 3 de fevereiro. É comum que pilotos tenham simuladores de voo nos seus computadores pessoais em casa. Além de diversão, eles servem por exemplo para treinar a aterrissagem num aeroporto onde nunca estiveram. Mas a sofisticação do equipamento intrigou os investigadores.
Nos últimos dias, as maiores suspeitas recaíram sobre o copiloto, Farik Abdul Hamid, de 26 anos. Ele deu boa noite como se não houvesse nada de errado 12 minutos depois da reprogramação do voo e dos equipamentos de bordo serem desligados.
Outro detalhe intrigante é por que nenhum dos passageiros usou o telefone celular para entrar em contato com parentes e amigos ao suspeitar de algo errado. Há uma hipótese de que o responsável pelo desvio teria levado a aeronave a uma altitude de 14.750 metros, o que seria perigoso. Isso teria feito todas as pessoas dormirem a bordo, não percebendo a manobra.
Em seguida, o Boeing 777 teria descido para uma altitude igualmente perigosa por ser baixa demais, a cerca de 1.500 metros do solo, até desaparecer, provavelmente no Oceano Índico.
Autoridades da Malásia e dos serviços secretos de vários examinaram a lista de passageiros e tripulantes sem encontrar ninguém suspeito. Até o momento, todos são considerados inocentes. Não há provas conclusivas contra ninguém. Primeiro, é preciso encontrar o avião ou que resta dele e das 239 vidas que transportava.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário