O ex-primeiro-ministro espanhol Adolfo Suárez González morreu hoje aos 81 anos. Como primeiro chefe de governo eleito democraticamente depois da ditadura do generalíssimo Francisco Franco (1939-75), Suárez governou a Espanha de 3 de julho de 1976 a 29 de janeiro de 1981. Em menos de três anos, fez a transição de uma ditadura para uma democracia constitucional.
Entre sua nomeação pelo rei Juan Carlos II e as primeiras eleições livres desde 1936, realizadas em 15 de junho de 1977, Suárez anistiou os presos políticos, dissolveu o Movimento Nacional, legalizou os partidos proscritos pela ditadura, como o socialista e o comunista, e desarticulou as instituições franquistas, lembra o jornal El País, um dos frutos da democratização da Espanha.
A nova Constituição foi aprovada em 6 de dezembro de 1978.
Em 23 de janeiro de 1981, com o apoio do rei Juan Carlos, Suárez resistiu à tentativa de golpe do coronel Enrique Tejero Molina, que invadiu o Parlamento à frente de centenas de guardas civis. Foi seu último grande momento na vida pública.
Com mal de Alzheimer há dez anos, Adolfo Suárez já não aparecia mais em público.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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