sexta-feira, 1 de abril de 2016

EUA geraram mais 215 mil empregos em março

A economia dos Estados Unidos voltou a apresentar um saldo positivo de mais de 200 mil vagas de emprego em março de 2016, um sinal de recuperação econômica sustentável, apesar dos problemas da situação internacional. Com mais gente procurando trabalho, o índice de desemprego, medido em outra pesquisa, teve uma leve alta, de 4,9% para 5%.

O número de postos de trabalho fora do setor agrícola aumentou em 215 mil, revelou hoje o relatório mensal de emprego do Departamento do Trabalho. A média dos três primeiros meses do ano ficou em 209 mil. As previsões dos economistas eram de uma alta de 205 a 213 mil vagas e taxa de desemprego de 4,9%.

O salário médio por hora ficou em US$ 25,43, com alta de sete centavos depois de uma queda de dois centavos em fevereiro. Nos últimos 12 meses, os salários subiram 2,3%.

"A força contínua do emprego aumenta a probabilidade de que acontecimentos econômicos e financeiros globais não devem fazer o desemprego continuar em tendência de queda no ano à frente", declarou Jim O'Sullivan, economista da empresa de pesquisa e consultoria econômica High Frequency Economics, citado pelo jornal The Wall Street Journal.

O maior crescimento do emprego foi nos setores de comércio, construção civil e saúde. A indústria manufatureira fechou 29 mil vagas em março depois de perder 18 mil em fevereiro. Os setores madeireiro e de mineração, que inclui petróleo e gás, fecharam 17 mil empregos em fevereiro e 12 mil em março.

Mais 396 mil pessoas entraram no mercado de trabalho, elevando a taxa de desemprego para 5%. No auge da crise, em outubro de 2009, o índice chegou a 10%.

Diante desses números, a expectativa é de um aumento gradual das taxas básicas de juros pela Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA. Na terça-feira, a presidente do Fed, Janet Yellen, reforça a ideia de prudência na elevação dos juros.

Em dezembro, o Fed elevou suas taxas básicas de juros pela primeira vez em quase dez anos. Elas estavam praticamente zeradas desde dezembro de 2008 para combater a Grande Recessão. A taxa básica para empréstimos aos bancos ficou em 0,25% a 0,5%.

Na época, o mercado previa quatro altas de juros em 2016. Depois das más notícias econômicas do início do ano, principalmente na China, onde houve queda nas exportações e na produção industrial, a expectativa agora é de duas altas de juros neste ano.

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