Sob acusações de corrupção, o Partido Comunista decidiu hoje expurgar o ex-chefe dos serviços secretos e da segurança interna da China e ex-membro do Comitê Permanente do Politburo do Comitê Central Zhou Yongkang.
É a primeira vez em décadas que um dirigente da alta cúpula do regime pode ser processado criminalmente, desde o julgamento da Gangue dos Quatro, em 1981, da qual fazia parte a viúva de Mao Tsé-tung, Chiang Ching. A facção foi condenada pelos excessos da Grande Revolução Cultural Proletária
Dentro da grande campanha anticorrupção lançada pelo presidente Xi Jinping para consolidar seu poder, Zhou foi apontado como suspeito em julho de 2014. Um relatório interno do PC o denunciou por "violar a disciplina do partido", a acusação genérica contra a corrupção no discurso do regime, aceitar suborno, dilapidar ativos do Estado, revelar segredos de Estado e do partido, promoção fraudulenta de parentes e atividade pessoal "salaciosa", um eufemismo para adultério.
Sob investigação, Zhou estava em prisão domiciliar há meses. Agora, foi preso formalmente. Era aliado do ex-dirigente Bo Xilai, um neomaoista que caiu em desgraça em março de 2012, foi expurgado, preso e condenado por corrupção, abuso de poder e o assassinado do empresário britânico Neil Heywood, suposto intermediário de seus negócios sujos no exterior.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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