Três partidos favoráveis à aproximação com o Ocidente e à adesão à União Europeia - o Partido Liberal-Democrata, o Partido Democrata e o Partido Liberal - aliaram-se ontem para formar o próximo governo da ex-república soviética da Moldávia, que mudou de nome para Moldova, anunciou a televisão estatal.
A coalizão terá 55 deputados, 23 do PLD, 19 do PD e 13 do PL, garantindo maioria no Parlamento. Uma comissão está preparando um programa de governo para os próximos quatro anos.
Como a Ucrânia, a Geórgia e outras ex-repúblicas soviéticas, a Moldova sofre intensa pressão da Rússia para manter a dependência em relação a Moscou. Ainda há tropas russas estacionadas na província da Transnístria, onde a população de origem russa luta pela independência, enquanto o país como um todo se identifica mais com a Romênia.
Por isso, os partidos da nova coalizão de governo ampliar o acordo de associação firmado com a UE rumo a uma adesão definitiva. Foi justamente isso que levou à intervenção militar ordenada pelo protoditador russo Vladimir Putin na ex-república soviética da Ucrânia.
Ontem, ao prestar contas ao Parlamento, Putin atribuiu a crise a uma reação negativa dos Estados Unidos e da Europa ao "ressurgimento da Rússia", e não a seus próprios erros como a anexação ilegal e ilegítima da região ucraniana da Crimeia, sem esquecer a violação do Memorando de Budapeste (1994), acordo pelo qual a Ucrânia entregou as armas nucleares que herdou da União Soviética a Moscou em troca de garantias de segurança.
Na televisão governista Russia Today, a queda do rublo se deve à baixa nos preços internacionais do petróleo e não às sanções impostas pelo Ocidente.
Quanto mais a Rússia ameaça, maior é o risco de isolamento. Com a crise econômica, a pressão sobre o Kremlin só tende a aumentar. A tendência de um líder autoritário como Putin é reagir atacando.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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