Desde que anunciou a fundação de um califado nas áreas que ocupa em 28 de junho de 2014, a milícia extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante executou sumariamente 1.878 pessoas na Síria, denunciou ontem em Londres o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma organização não governamental ligada à oposição à ditadura de Bachar Assad que divulga dados sobre o custo humano da guerra civil síria.
Entre as vítimas, 1.175 eram civis, inclusive quatro crianças e oito mulheres. O maior grupo era de membros da tribo sunita chaitate, que se rebelou contra o Estado Islâmico durante o último verão no Hemisfério Norte.
As execuções, por bala, degola ou apedrejamento até a morte, foram realizadas nas províncias sírias de Deir Ezzor, Hassaka, Rakka, Alepo, Homs e Hama. O Estado Islâmico também executou 502 soldados e milicianos favoráveis ao regime sírio, 120 militantes do próprio grupo que tentaram desertar e voltar a seus países e 80 rebeldes sírios secularistas ou ligados à Frente al-Nusra, braço da rede terrorista Al Caeda na guerra civil da Síria.
O OSDH acredita que o número real de execuções sumárias realizadas pelos jihadistas seja muito maior. As execuções são filmadas e divulgadas na Internet para aterrorizar os inimigos e atrair novos combatentes para a causa.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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