quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Palestina decide pedir adesão do Tribunal Penal Internacional

Depois da derrota no Conselho de Segurança das Nações Unidas de uma proposta de resolução para exigir a retirada de Israel da Cisjordânia, inclusive do setor árabe de Jerusalém, e a criação de um país para seu povo, a Autoridade Nacional Palestina decidiu hoje oficialmente pedir associação ao Tribunal Penal Internacional, onde poderá denunciar os crimes de guerra israelenses.

A resolução exigia a retirada de Israel até o fim de 2017 dos territórios palestinos ocupados na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e o reinício do processo de paz para criação de um Estado Nacional palestino até o fim de 2018.

O projeto obteve apenas oito dos nove votos necessários para a aprovação, mas seria vetado de qualquer maneira pelos Estados Unidos, que votaram contra. Dos outros membros permanentes com direito de veto na ONU, a China, a França e a Rússia votaram a favor, e o Reino Unido se absteve, informou a televisão pública britânica BBC.

Também votaram a favor a Argentina, o Chade, o Chile, a Jordânia, que apresentou o projeto de resolução, e Luxemburgo. Os EUA e a Austrália votaram contra. Além do Reino Unido, a Coreia do Sul, a Lituânia, a Nigéria e Ruanda se abstiveram. A Palestina contava com o apoio da Nigéria, que mudou de posição na última hora sob pressão dos EUA.

Diante da estagnação do processo de paz com Israel, mediado pelos EUA, a ANP resolveu apelar para organizações internacionais em busca do reconhecimento da Palestina como um país independente. O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), o principal partido islamita palestino, responsabilizou o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, pela derrota na ONU.

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