Apesar da recessão na economia, a coalizão liderada pelo primeiro-ministro Shinzo Abe deve obter ampla maioria na Câmara dos Deputados nas eleições do próximo domingo, 14 de dezembro de 2014, no Japão, indica uma pesquisa publicada hoje no jornal japonês Asahi Shimbun.
O Partido Liberal-Democrata (PLD), de Abe, e seu aliado Komeito (Partido do Governo Limpo) devem eleger 317 dos 475 deputados da Dieta, dando ao primeiro-ministro uma supermaioria para fazer as reformas necessárias para combater a estagnação e a deflação, duas pragas da economia japonesa nas últimas duas décadas.
Até agora, as reformas de Abe tiveram impacto limitado. O Banco do Japão injetou algo como US$ 1 trilhão na economia, mas um aumento do imposto sobre consumo, em 1º de abril de 2014, jogou o Japão numa recessão, com contração econômica nos últimos dois trimestres.
Diante da falta de alternativas, o eleitorado parece estar decidido a dar uma chance a mais a Shinzo Abe, um nacionalista que teme pela perda de poder do Japão diante da ascensão irresistível da vizinha e inimiga histórica China. O aumento do comércio e as boas relações econômicas tendem a amaciar o futuro das relações bilaterais entre as grandes potências da Ásia, mas o Japão precisa se reinventar, como fez tantas vezes no passado, para não perder importância.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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2 comentários:
Tenho a certeza que o próximo movimento será aumentar a taxa de natalidade japonesa.
Este é um problema sério. A população cresce quando o país enriquece. Aí as famílias têm mais dinheiro e mais filhos.
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