O ditador Robert Mugabe, no poder desde a independência do Zimbábue, em 1980, afastou a vice-presidente Joyce Mujuru e seus aliados numa reforma ministerial, acusando-a de liderar uma conspiração para derrubá-lo e matá-lo, se necessário.
Dentro da luta pelo poder em torno de sua sucessão, Mugabe, de 90 anos, agora chama sua antiga aliada de "traidora". O ditador estaria apoiando a candidatura do ministro da Justiça, Emmerson Mnangagwa.
No fim de semana, o partido governista, a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Popular (ZANU-PF), confirmou Mugabe como líder do partido e candidato à próxima eleição presidencial, em 2018.
Sua mulher, Grace Mugabe, foi eleita líder da ala feminina do partido. Pode ser um degrau para uma ascensão maior. Depois meses depois de entrar para a Universidade do Zimbábue, ela recebeu um doutorado em sociologia sem defender tese.
O Zimbábue já foi conhecido como o "celeiro" da África. Com as políticas de confisco das terras dos brancos lançada em 2000 por Mugabe para combater a oposição interna, enfrenta hiperinflação e desabastecimento.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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