Na terceira votação, o Parlamento da Grécia não conseguiu hoje eleger um novo presidente para o país. Cai a ampla coalizão de governo entre conservadores e socialistas liderada pelo primeiro-ministro Antonis Samaras, forçando a realização de eleições parlamentares em 25 de janeiro de 2015, um ano e meio antes do previsto. A Bolsa de Atenas caiu 11% sob o impacto de notícia.
O partido favorito é a Coligação de Esquerda Radical (Syriza), favorável à renegociação dos acordos firmados com a troika formada pela União Europeia (UE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em pesquisa divulgada no sábado, a Syriza receberia 28,5% dos votos contra 25% para a Nova Democracia, do atual primeiro-ministro.
Samaras apostou na candidatura do ex-comissário europeu Stavros Dimas. Na terceira votação, ele precisava de 180 votos, de três quintos dos 300 deputados gregos. Teve 168. Assim, meio sem querer, o primeiro-ministro voltou a jogar a Grécia na pior crise econômica de sua história recente.
A Grécia voltou a crescer depois de seis anos. No auge da crise, esteve sob séria ameaça de ser obrigada a deixar a união monetária europeia e a própria UE. A depressão econômica e o desemprego estarão no centro da campanha eleitoral. A crise do euro está de volta.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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