O FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos Estados Unidos, declarou hoje ter elementos suficientes para acusar a Coreia do Norte por um ataque cibernético contra a empresa transnacional Sony. Uma das companhias do grupo, a Sony Pictures, adiou o lançamento de um filme humorístico em que dois jornalistas tentam matar o ditador norte-coreano, Kim Jong Un.
"Estamos imensamente preocupados com a natureza destrutiva deste ataque contra uma entidade privada e os cidadãos que nela atuam", declarou em nota o FBI. "Além disso, o ataque à Sony Pictures Entertainment reafirma que as ameaças cibernéticas são um dos riscos mais sérios à segurança nacional dos EUA."
No ataque, arquivos foram destruídos, o correio eletrônico violado, senhas de usuários dos produtos Sony foram roubadas e os cinemas que passarem o filme foram ameaçados com ataques terroristas.
O presidente Barack Obama descreveu a decisão da Sony de adiar o lançamento do filme, previsto para 25 de dezembro, um "erro", afirmando que a Coreia do Norte não pode impedir sua exibição: "Não podemos viver numa sociedade onde um ditador quer impor sua censura aos EUA."
Por ora, o governo americano examina as opções de uma "resposta proporcional". Isso pode aumentar a confrontação com o regime comunista norte-coreano.
A Sony teve um prejuízo estimado em US$ 300 milhões.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário