O Senado dos Estados Unidos, ainda com maioria do Partido Democrata, aprovou hoje a Lei de Apoio à Liberdade na Ucrânia, que oferece armas defensivas e ajuda energética ao país e amplia as sanções contra empresas do setor de defesa da Rússia.
A lei autoriza a venda de armas defensivas no valor de US$ 350 milhões, mas não armamento letal, e dá às ex-repúblicas soviética da Geórgia, da Moldova e da Ucrânia o status de "aliado não-membro" da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar da América do Norte e da Europa, liderada pelos EUA. A Ucrânia recebe ainda uma ajuda energética de curto prazo de US$ 50 milhões.
O projeto segue agora para a Câmara dos Representantes. Não é certo que possa ser votado antes do fim da atual legislatura. Em 2015, assume o novo Congresso, eleito em 4 de novembro.
A Ucrânia está em crise desde novembro de 2013, quando o então presidente Viktor Yanukovich rompeu negociações de associação com a União Europeia. Essa decisão provocou uma revolta popular que levou à queda de Yankovich, um aliado de Moscou, em fevereiro de 2014.
Em reação, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fomentou uma revolta dos russos étnicos e linguísticos na península da Crimeia, anexando-a à Federação Russa em 17 de março, depois de um referendo não reconhecido internacionalmente.
Desde o início de abril, a revolta dos ucranianos russos contra o governo de Kiev explodiu também no Leste da Ucrânia, onde as províncias de Donetsk e Luhansk estão parcialmente controladas por rebeldes. Moscou nega qualquer interferência direta, mas são mercenários, armas e equipamentos russos que fortalecem o exército rebelde.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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