O banco central da Grécia aumentou hoje sua expectativa de crescimento para 2014 para 0,7% e previu uma alta de 2,5% no próximo ano, encerrando uma depressão econômica de seis anos que quase levou o país a deixar a união monetária europeia, mas advertiu que uma crise política pode desandar a recuperação.
Se o candidato do governo de coalizão entre a conservadora Nova Democracia e os socialistas, Stavros Dimas, não for eleito presidente indiretamente pelo Parlamento em 17, 23 e 29 de dezembro, o primeiro-ministro Antoni Samaras será forçado a convocar eleições legislativas antecipadas.
Neste caso, é favorita a Coligação de Esquerda Radical (Syriza), que quer desmontar todo o programa de austeridade econômica imposto pela União Europeia (UE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE), restaurando salários, empregos e aposentadorias cortadas pela crise. A Grécia correria sério risco de sair da UE.
No momento em que a Grécia está prestes a sair da depressão, uma crise política realimentaria a crise do euro, que não será resolvida enquanto a Zona do Euro não sair da estagnação.
A Grécia foi o país que mais sofreu com a crise das dívidas públicas da periferia da Eurozona, o que deixou um quarto dos trabalhadores e a metade dos jovens sem emprego. A dívida pública, mesmo depois de renegociada com calote parcial, ainda representa 160% do produto interno bruto.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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