Depois de ganhos importantes nas bolsas de valores da China, que subiu 40% desde setembro, o mercado financeiro da Ásia está atento nesta semana a dados sobre o comércio exterior, a inflação, a produção industrial e os investimentos em capital fixo no país em novembro.
Se for confirmada a desaceleração da economia, o Banco Popular da China deve adotar novas medidas de estímulo, antecipa a televisão americana CNBC, uma associação da rede NBC com o jornal The Wall St. Journal, especializada em noticiário econômico.
"Os dados de novembro devem mostrar a economia da China num ritmo abaixo do seu potencial, alimentando a expectativa de um novo alívio monetário", disseram em nota economistas da agência de classificação de risco Moody's. O Japão anunciou uma contração maior do que estimada inicialmente no terceiro trimestre de 2014 (veja abaixo).
As estatísticas do comércio exterior da China serão divulgadas hoje. "Esperamos uma queda no crescimento das exportações de 11,6% em outubro para 7,5% em novembro na comparação anual, e uma baixa no crescimento das importações de 4,6% para 3,5% ao ano", previu o Citibank.
Com essa desaceleração do crescimento, o saldo comercial diminuiu de US$ 45,5 bilhões, mas ainda registrou em novembro formidáveis US$ 43,1 bilhões.
A inflação no atacado deve crescer de 2,2% para 2,4% ao ano. Já o índice de preços ao consumidor deve ficar inalterado em 1,6% ao ano, dando margem de manobra ao banco central chinês para baixar ainda mais os juros depois do corte inesperado no mês passado.
Nas previsões da Moody's, o crescimento anual da produção industrial deve baixar de 7,7% em outubro para 7,6% em novembro. As fábricas de Beijim foram paradas durante uma semana para aliviar a poluição do ar durante a reunião de cúpula do fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC).
O avanço anual das vendas no varejo deve subir de 11,5% para 11,6%, enquanto a alta nos investimentos em capital fixo vai baixar de 15,9% para 15,7% ao ano, a menor em 13 anos na China.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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