A pedido do presidente Vladimir Putin, o Conselho de Federação, uma espécie de Senado no Parlamento da Rússia, autorizou hoje o Kremlin a usar a força república autônoma da Crimeia, uma região da Ucrânia onde a maioria da população é russa, noticia o jornal inglês The Guardian.
O parlamento regional da Crimeia aprovou a realização, em 30 de março de 2014, de um referendo sobre a independência da Ucrânia, convocado pelo governador pró-russo Serguei Axenov.
Daqui a pouco, começa em Nova York uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a crise deflagrada por uma revolta popular que derrubou na semana passado o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, um aliado de Moscou.
A ex-primeira-ministra ucraniana Yulia Timochenko, que foi libertada pela revolução, mas historicamente tem boas relações com o Kremlin, vai a Moscou no dia 3 de março tentar negociar uma solução para a rebelião russa na Crimeia, uma jogada de Putin para neutralizar pelo menos em parte a perda com a queda de seu aliado em Kiev
Durante conversa telefônia de uma hora e meia, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acusou Putin de violar o direito internacional. O homem-forte da Rússia alegou ter o direito de defender os interesses nacionais do país e dos ucranianos étnica e culturalmente russos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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