A Índia anunciou hoje as datas de suas próprias eleições parlamentares nacionais, que serão realizadas em nove dias de votação, entre 7 de abril e 12 de maio de 2014. Os resultados serão divulgados em 16 de maio.
Na maior democracia do mundo, mais de 800 milhões de eleitores estão aptos a votar em 930 mil urnas para escolher os 543 deputados da Lok Sabha (Câmara do Povo), equivalente à Câmara dos Deputados no regime parlamentarismo indiano.
O favorito é o Partido Bharatiya Janata (BJP), nacionalista hindu, hoje na oposição. O novo Parlamento se reúne em 31 de maio e deve eleger o líder do partido vencedor como novo primeiro-ministro.
Narendra Modi, líder do BJP, de 63 anos, disputa o cargo com Rahul Gandhi, de 43 anos líder do Partido do Congresso, que governou a Índia durante a maior parte de sua história independente e herdeiro de uma dinastia de primeiros-ministros, o bisavô Jawaharlal Nehru, a avó Indira Gandhi e o pai Rajiv Gandhi.
Modi é acusado de sectarismo por supostamente incentivar o fundamentalismo hindu como governador do estado de Gujarat, em 2002, quando houve uma onda de massacres de muçulmanos. Pelos números oficiais, 790 muçulmanos e 254 hindus foram mortos. Os muçulmanos falam em 2 mil mortes. Até se tornar um sério candidato para governar a Índia, Modi estava proibido de entrar nos Estados Unidos.
Rahul Gandhi ainda precisa provar que é mais do que um simples herdeiro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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