O ex-diretor da CIA (Agência Central de Inteligência) Robert Gates, nomeado pelo presidente George Walker Bush para substituir Donald Rumsfeld como secretário da Defesa, declarou hoje, durante uma audiência de confirmação no Senado, que os Estados Unidos não estão ganhando nem perdendo a guerra no Iraque. Ele advertiu que uma retirada rápida do Iraque irá estimular a ação de terroristas, a exemplo do que aconteceu com a saída dos americanos da Somália em 1993.
Para o terrorista saudita Ossama ben Laden, líder da rede terrorista Al Caeda, foi um sinal de que a opinião pública americana não agüenta um número elevado de baixas e, nestes casos, pressiona o governo a trazer os soldados dos EUA de volta para casa.
"Nosso curso de ação nos próximos dois anos vai determinar se os povos americano e iraquiano, e o próximo presidente dos Estados Unidos verão uma melhoria lenta e gradual da situação no Iraque e na região, ou se haverá um risco real de confrontação regional, declarou o ex-diretor da CIA (1991-92) no governo do pai de Bush.
Gates considerou contraproducente um ataque contra a Síria, que "provocaria um aumento do antiamericanismo, piorando as relações dos EUA com todo o Oriente Médio". Mas não descartou a possibilidade de uma ação militar contra o programa nuclear do Irã, afirmando que "todas as opções estão sendo avaliadas".
A audiência está em andamento. A nomeação do novo chefe do Pentágono deve ser confirmada sem problemas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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