O Japão examinou a possibilidade de fabricar a bomba atômica, afirmou hoje o jornal Sankey, citando como fonte um documento secreto, mas o governo desmentiu a notícia.
No documento Sobre a Possibilidade de Desenvolver Armas Nucleares Internamente, especialistas de diversas agências governamentais concluíram que seriam necessários de três a cinco anos e de US$ 1,68 bilhões a US$ 2,52 bilhões.
Como único país já atacado por bombas atômicas, em Hiroxima e Nagasaque, no final da Segunda Guerra Mundial, o Japão tem uma tradição pacifista e antinuclear. Mas o debate ressurgiu desde que a Coréia do Norte testou um míssil balístico, em 1998, lançando-o por sobre o Japão.
Em 9 de outubro, a Coréia do Norte fez uma explosão nuclear precária, voltando a acender o sinal de alerta em Tóquio.
Pelo Artigo 9 da Constituição de 1947, imposta pelos Estados Unidos, o Japão está proibido de projetar sua força militar além de seu território e mar territorial. Por isso, o governo do novo primeiro-ministro, Shinzo Abe, alega que a Constituição não veda a produção de armas nucleares para defesa.
O país tem enormes estoques de plutônio de suas usinas nucleares, o que provoca preocupações internacionais, já que poderia ser alvo de terroristas ou usado em armas atômicas.
A China e os EUA, principais inimigos do Japão na Segunda Guerra Mundial, certamente vão se inquietar com a notícia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
"Como único país jamais atacado por bombas atômicas"!!!!!?????
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