Por unanimidade, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou hoje sanções tecnológicas e econômicas contra o Irã porque o país está sob suspeita de desenvolver armas nucleares e se nega a abrir suas instalações nucleares à fiscalização da Agência Internacional de Energia Atômica. O Irã tem 60 dias para cumprir as determinações.
A Resolução 1.737 do Conselho de Segurança, apresentada pela Alemanha, França e Grã-Bretanha, obriga o Irã a suspender imediatamente "todas as suas atividades nucleares sensíveis", impede "a entrega, venda ou transferência direta ou indireta ao Irã de todo material equipamento ou tecnologia capaz de contribuir" para o desenvolvimento de armas atômicas e mísseis balísticos.
Desde 31 de agosto, quando se esgotou o prazo para que o Irã parasse de enriquecer urânio e permitisse o reinício das inspeções da AIEA, os Estados Unidos e a Europa tentam impor sanções à república islâmica. O Ocidente enfrentava resistências da China e da Rússia, superadas porque o regime dos aiatolás não retomou as negociações.
O texto negociado ao longo destes meses define como atividades proibidas "o enriquecimento e o reprocessamento de urânio, os projetos com reatores de água pesada e o desenvolvimento de vetores de lançamento de armas nucleares". Veta ainda "a assistência ou formação técnica, ajuda financeira, investimentos, serviços financeiros e toda transferência de recursos e serviços" relacionados a estes programas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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