Dezenas de milhares de militantes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) marcharam hoje na cidade de Gaza para celebrar seus 19 anos de fundação, numa demonstração de força, enquanto seus dirigentes acusavam Mohammed Dahlane, um dos líderes da Fatah (Luta), principal partido da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), de tentar matar o primeiro-ministro Ismail Haniyeh. Ele foi retido na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza porque transportava US$ 35 milhões obtidos no Irã e em países árabes, que Israel alegou que poderiam ser usados para financiar o terrorismo.
Quando a comitiva de Haniyeh estava parada na fronteira, houve um tiroteio entre as facções palestinas. Um guarda-costas do primeiro-ministro foi morto e seu irmão, ferido. O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, "lamentou" o episódio.
Hoje o Hamas denunciou Dahlane, chamando de "colaborador, traidor e apóstata". Mas o negociador palestino Saeb Erekat, da OLP, liderada por Abbas , atribuiu ao movimento fundamentalista a responsabilidade pelo tiroteio.
Na Cisjordânia, houve choques hoje entre as forças de segurança leais a Abbas e militantes do Hamas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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