sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

UE acusa Síria e Irã de desastabilizar Oriente Médio

A União Européia acusou o Irã e a Síria de desestabilizar o Oriente Médio, advertindo Damasco a "parar de intervir no Líbano", se quiser manter boas relações com a sociedade internacional.

Num tom bem mais duro do que o comum, no final de uma reunião de cúpula de dois em Bruxelas, os líderes do Conselho Europeu declararam que "a Síria deve cessar toda interferência nos assuntos internos do Líbano e se engajar ativamente na estabilização do Líbano e da região".

O Conselho Europeu, formado pelos chefes de governo ou de Estado dos 25 países-membros da UE, manifestou preocupação com o efeito das políticas iranianas sobre a estabilidade do Oriente Médio, "inclusive a negação do Holocausto e suas diatribes contra Israel".

Esta declaração reflete o desapontamento da UE com o Irã. Depois de três anos de negociações, Alemanha, França e Grã-Bretanha não conseguiram convencer a república dos aiatolás a abandonar seu programa nuclear, suspeito de desenvolver armas atômicas.

Em uma conferência realizada nesta semana em Teerã, o presidente Mahmoud Ahmadinejad voltou a insistir em que o massacre de 6 milhões de judeus pelo nazistas durante a Segunda Guerra Mundial é um "mito".

Já o presidente da França, Jacques Chirac, denunciou "uma ofensiva desestabilizadora" contra o governo do primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, pressionado pela milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus) e outros aliados da Síria a renunciar ao cargo.

O presidente sírio, Bachar Assad, defendeu-se dizendo que uma grande parcela da população libanesa apóia o Hesbolá, argumentando que ele não é dominado nem manipulado pela Síria. Acrescentou que os EUA devem negociar diretamente com o Irã.

Nenhum comentário: