O mapeamento parcial do genoma do Homem de Neanderthal e a constatação de que o degelo no Pólo Norte está se acelerando são os destaques da ciência em 2006, anuncia a televisão estatal americana PBS.
Em 2040, a calota do Pólo Norte pode ser totalmente derretida. O Oceano Glacial Ártico será apenas Oceano Ártico.
Com o degelo do Ártico, o urso polar torna-se uma espécie ameaçada. O governo dos Estados Unidos acaba de incluí-lo na lista de espécies ameaçadas, o que o obriga a tomar providências. No caso, precisam ser medidas contra o aquecimento do planeta provocado pelo aumento da concentração na atmosfera de gás carbônico e de outros gases que retêm o calor do sol, no chamado efeito estufa.
Até recentemente, o governo George Walker Bush negava a existência de um aquecimento da Terra provocado pelo homem. Os EUA não aderiram ao Protocolo de Quioto, que prevê o controle das emissões de gases que provocam o efeito estufa nos níveis de 1990. Diversos estados e cidades americanas aplicam os princípios do protocolo.
O Protocolo de Quioto trata de modo diferente os países desenvolvidos, maiores responsáveis até hoje pela poluição da atmosfera, e países em desenvolvimento, que ainda teriam o direito de poluir para crescer economicamente. Bush alega que, nestes termos, dá uma vantagem competitiva à China na concorrência com os EUA.
Durante algum tempo, houve duas espécies humanas na Terra: o homo sapiens neanderthalensis e o homo sapiens sapiens, que é o homem moderno. Agora, cientistas da Alemanha e da Califórnia, nos EUA, começaram a decifrar ou decodificar os gens do Homem de Neanderthal a partir de um fêmur de 38 mil anos.
A pesquisa quer saber se a diferença genética é grande e se houve miscigenação entre as duas espécies. Até agora, não há indícios de miscigenação mas a possibilidade não está afastada.
O Homem de Neanderthal foi extinto no final da Era Glacial, que terminou há 25 mil anos. Pode ter sido exterminado por seu primo mais alto e mais inteligente, que reina no planeta até hoje, com sérias conseqüências, inclusive a extinção em massa de espécies animais e vegetais.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Não há provas de que o Homo sapiens sapiens seja mais inteligente que o Neandertalensis.
Em primeiro lugar, a capacidade craniana dos Neandertalensis é muito maior do que a do homem moderno.
O facto de o Paleolítico Superior e os Homo sapiens sapiens serem tecnológicamente mais avançados pode dever-se simplesmente a questões culturais (note-se que o homo sapiens neandertalensis apenas existiu na Europa, logo, pertence a um círculo cultural muito mais restrito), e não a uma complexificação física do cérebro.
As razões para ainda habitarmos o planeta podem residir apenas na extinção em massa dos homo neandertalensis pelos sapiens, ou pura e simplesmente pela dificuldade de adaptação física dos primeiros habitantes da Europa às novas condições climatéricas.
Saudações cordiais
Postar um comentário