O ex-presidente dos Estados Unidos Gerald Ford (1974-77), que morreu há dois dias, disse numa entrevista gravada em julho de 2004 para ser divulgada depois de sua morte que era contra a invasão do Iraque.
"Não acredito que eu teria ido à guerra", declarou Ford, criticando tanto o presidente George Walker Bush quanto o vice-presidente Dick Cheney pelas razões alegadas para invadir o Iraque. Ele disse que apelaria para sanções mais rigorosas ou outros instrumentos, não a guerra.
"Rumsfeld, Cheney e o presidente cometeram um grande erro ao justificar a guerra do Iraque. Deram ênfase às armas de destruição em massa", comentou Ford. "Nunca disse publicamente que acredito que se enganaram mas sinto que foi um erro".
Ford foi mais além: "Posso entender a teoria de querer libertar outros povos". Mas não acredita que um presidente possa fazer isso sem levar em conta a prioridade máxima, que é o interesse nacional. "Não acredito que se deva ser um fogo libertando pessoas ao redor do planeta, a menos que esteja relacionado com a nossa segurança nacional".
Único presidente não-eleito da História dos EUA, Ford chegou à Casa Branca por causa do escândalo de Watergate, que derrubou Richard Nixon, e de outros escândalos, que provocaram a renúncia do vice-presidente Spiro Agnew.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário