O pedreiro Luis Gerez, que sumira após denunciar a violação dos direitos humanos na Argentina nos anos 70, reapareceu ontem à noite em Garín, perto de Escobar, onde mora, com marcas de tortura, depois de dois dias de cativeiro. Em depoimento na Câmara dos Deputados em abril passado, Gerez, um peronista militante, afirmou ter sido torturado, em 1972, pelo subcomissário Luis Patti.
Uma hora antes de seu reaparecimento, o presidente Néstor Kirchner acusara "elementos paramilitares ou parapoliciais" pelo seqüestro. "Não vamos ceder diante da extorsão", bradou Kirchner. "Não vamos parar com os julgamentos".
Jorge Julio López, outra testemunha nos processos sobre violações dos direitos humanos na Argentina durante a chamada "guerra suja" dos anos 70, reabertos pelo governo Kirchner, está desaparecido há três meses. Teme-se que esteja morto.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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