O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mohamoud Abbas, recebeu ontem duas recomendações de um painel de assessores da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), depois do fracasso das negociações para formar um governo de união nacional com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que vendeu as eleições parlamentares de 25 de janeiro deste ano:
- deixar o Hamas no poder por enquanto e exigir que supere a crise econômica;
- se a crise persistir, deve convocar um referendo sobre a antecipação das eleições.
Abbas anuncia sua decisão num discurso na próxima semana.
Saleh Raafat, um dos assessores, comentou: "Temos duas recomendações. A primeira é deixar o Hamas no poder enquanto a Fatah faz oposição e dá ao Hamas uma chance de resolver a crise. Se não conseguir, então teremos de recorrer a uma segunda opção, um referendo sobre a antecipação de eleições."
E acrescentou: "Daremos ao Hamas uma chance de resolver a crise, mas tenho certeza de que não vai passar no teste. Não terá sucesso, a não ser que mude suas posições."
As Nações Unidas pediram uma ajuda de US$ 450 milhões para a ANP, em crise por causa de um boicote internacional ao governo do Hamas porque este movimento fundamentalista não renuncia à luta armada nem reconhece o direito de existência de Israel.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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