O Banco Central da Europa aumentou hoje a taxa básica de juros dos países da zona do euro em 0,25 ponto percentual para 3,5% ao ano, como previam os analistas de mercado, por acreditar que há pressões inflacionárias e que a economia da eurozona está em forte recuperação. É a taxa mais alta em cinco anos, o que estimula a alta do euro diante do dólar.
Nos últimos meses, a cotação do euro em relação ao dólar subiu 4%, atingindo o valor mais alto em 20 meses, US$ 1,3367, apenas três centavos abaixo da cotação recorde, registrada em dezembro de 2004.
Já o Banco da Inglaterra deixou a taxa básica de juros do Reino Unido em 5% ao ano, a mais alta em cinco anos mas até agora incapaz de conter a inflação no superaquecido mercado imobiliário, especialmente em Londres. No país como um todo, o preço da casa própria subiu em novembro a um ritmo que projeta uma taxa anual de 9,6%, a maior desde março de 2005.
Como o ministro das Finanças, Gordon Brown, fez uma avaliação positiva da economia britânica e o setor de serviços cresceu acima da expectativa do mercado, os analistas já esperam uma alta na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra.
A libra foi a moeda dominante do comércio internacional do século 19 até os anos 20 do século passado, quando houve a transição hegemônica do Império Britânico para os Estados Unidos.
Hoje, está espremida entre duas moedas mais fortes e duas grandes zonas monetárias: o dólar e o euro. Isto a obriga a ter taxas de juros mais altas, o que por sua vez aumenta sua cotação, prejudicando a indústria britânica. A moeda britânica vale hoje quase US$ 2, tornando o Reino Unido cada vez mais numa economia de serviços.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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