O Departamento da Defesa dos Estados Unidos está invocando poderes de emergência para acelerar a aprovação pelo Congresso dos US$ 125 milhões necessários para financiar o tribunal de crimes de guerra da base naval de Guantânamo, em Cuba. Lá, estão presos os suspeitos de terrorismo que o governo George W. Bush define como "combatentes ilegais" para lhes negar os direitos previstos na Convenção de Genebra sobre Prisioneiros de Guerra.
Em carta a deputados e senadores dos dois partidos, o subsecretário da Defesa, Gordon England, justificou a medida pelas "implicações para a segurança nacional e extrema urgência". Os fundos para outro projeto do Pentágono terão de ser congelados para financiar o tribunal, denunciado como um tribunal de exceção por organizações de defesa dos direitos humanos.
O governo Bush não quer que suspeitos de terrorismo possam usar o sistema judicial americano para defender suas idéias e muito menos para denunciar soldados e agentes americanos por violações dos direitos humanos.
Para o jornal The Washington Post, o Pentágono se baseia no Decreto de Autorização de Construção de Emergência Nacional (National Emergency Construction Authority Executive Order), assinado por Bush depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário