Com menos de 40 dos 650 distritos ainda por declarar o resultado das eleições gerais de 2015 no Reino Unido, o Partido Conservador pode chegar a 329 deputados, o que lhe daria maioria absoluta na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico, projeta a televisão pública britânica BBC.
Reeleito contra a expectativa criada pelas pesquisas pré-eleitorais, que previam uma disputa muito mais apertada, o primeiro-ministro David Cameron prometeu manter a unidade do Reino Unido, ameaçado pela vitória dos partidários da independência da Escócia e pelo referendo sobre a permanência na União Europeia que ele ficou de convocar até 2017.
É o primeiro governo britânico que amplia sua bancada no Palácio de Westminster desde Margaret Thatcher em 1983, depois da vitória sobre a Argentina na Guerra das Malvinas, em 1982.
O líder da oposição trabalhista, Ed Miliband, reconheceu a derrota e pode renunciar à liderança do partido nas próximas horas. O Partido Trabalhista foi varrido da Escócia pelo Partido Nacional Escocês, enquanto o Partido Liberal-Democrata foi massacrado, perdendo 49 deputados, a maioria para os conservadores, aliados na coligação do primeiro governo Cameron. Seu líder, o vice-primeiro-ministro Nick Clegg, também deve renunciar.
Até o momento, os conservadores elegeram 303 deputados; os trabalhistas, 222; os nacionalistas escoceses, 56 dos 59 da Escócia; os liberais-democratas, 8; o Partido Unionista Democrático, da Irlanda do Norte, 8; o Sinn Féin, também da Irlanda do Norte, 4; o partido nacionalista galês Plaid Cymru, 3; o Partido Trabalhista e Social-Democrata, da Irlanda do Norte, 3; o Partido Verde, 1; e o Partido da Independência do Reino Unido, 1.
Como os deputados do Sinn Féin, o partido republicano e nacionalista irlandês ligado ao Exército Repúblicano Irlandês, não assumem as cadeiras que conquistam na Irlanda do Norte para não jurar lealdade à coroa britânica, a maioria absoluta na Câmara dos Comuns cai de 326 para 323 deputados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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