A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, dominada pela oposição republicana, aprovou moção hoje à noite condenando a Rússia pela intervenção militar na Ucrânia e pedindo a imposição de sanções em resposta.
Hoje, a assembleia regional da república autônoma da Crimeia, a região ocupada militarmente, declarou independência, preparando o terreno para o referendo do próximo domingo sobre a anexação à Rússia.
Os EUA e a União Europeia consideram o referendo ilegal à luz do direito internacional, já que a Constituição da Ucrânia prevê que consultas populares sobre alterações de fronteiras têm de ser decididas por todo o eleitorado. A Rússia nega legitimidade ao governo revolucionário da Ucrânia, alegando que é fruto de um "golpe de Estado" com infiltração de nazistas.
Na propaganda russa, a Crimeia decide entre a Rússia e o fascismo. Na cédula de votação, a alternativa à união com a Rússia é maior autonomia regional para a Crimeia.
De qualquer maneira, a província seria atraída de volta para a Rússia, de que fez parte até 1954, quando o então secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética, o ucraniano Nikita Kruschev, doou a Crimeia à Ucrânia como presente pelos 300 anos de união com a Rússia. Naquela época, a independência das repúblicas soviéticas era inimaginável.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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