A Agência Central de Inteligência (CIA) invadiu os computadores do Congresso dos Estados Unidos, espionou parlamentares e e destruiu documentos que comprovavam a prática de tortura, denunciou hoje a presidente da Comissão de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein.
Para a senadora, este é um "momento decisivo" na queda de braço entre o Poder Legislativo e os serviços secretos. Ela manifestou "graves preocupações" com a "violação da separação de poderes prevista na Constituição dos EUA" pela CIA.
"Se não nos levantarmos para defender a separação entre os poderes e nossa capacidade de supervisionar, especialmente quando se trata de uma conduta de uma agência governamental com toda a aparência de criminosa, então o que estamos fazendo aqui?", perguntou o presidente da Comissão de Justiça do Senado dos EUA, senador Patrick Leahy.
O diretor-geral da CIA, John Brennan, alegou que, "quando os fatos vierem à tona, acredito que muitas dessas acusações de espionagem, monitoramento e pirataria cibernética vão se mostrar falsas."
A comissão deve divulgar em breve um relatório de 6 mil páginas sobre os métodos de interrogatório que caracterizam tortura usados pelo governo George W. Bush depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 no centro de detenções ilegais instalado na base naval de Guantânamo, um enclave americano em Cuba, e em prisões clandestinas da CIA em países que toleram o terrorismo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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