Um dia depois de advertir a Grécia de que precisa cumprir integralmente os acordos feitos com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para receber novas parcelas dos empréstimos para pagar suas dívidas, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, se dirigiu ao presidente eleito da França, François Hollande, alertando que os dois precisam tomar "as decisões necessárias" para salvar a união monetária europeia.
Durante a campanha, uma das propostas centrais do socialista francês foi renegociar o pacto fiscal adotado para sustentar o euro a fim de introduzir estímulos ao crescimento econômico. Sem ceder em nada, Merkel reafirmou que a disciplina fiscal é inegociável, apesar da revolta da opinião pública europeia contra as políticas de arrocho, que aprofundam a recessão e o desemprego.
Hollande vai a Berlim em 16 de maio, um dia depois de sua posse. Hoje, num sinal de reconciliação pós-eleitoral, ele presidiu, ao lado do presidente Nicolas Sarkozy, as cerimônias pelo Dia da Vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial.
A vitória de Hollande rompeu a aliança chamada de Merkozy, unindo as forças das duas maiores economias do euro para buscar soluções para a crise. O presidente eleito quer mais crescimento e justiça na distribuição do ônus necessário para superar as dificuldades.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
terça-feira, 8 de maio de 2012
Merkel defende "decisões necessárias" à Eurozona
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