domingo, 27 de maio de 2012

Conservadores lideram pesquisas na Grécia

O partido de centro-direita Nova Democracia assumiu a liderança em quatro pesquisas sobre as eleições parlamentares de 17 de junho de 2012 na Grécia, realimentando a esperança de que os partidos tradicionais consigam formar um governo que apoie os acordos feitos com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional para tomar empréstimos e honrar suas dívidas.

Em 6 de maio, com 70% dos votos contra os acordos, as eleições produziram um Parlamento fragmentado e radicalizado, com forte presença da extrema esquerda e da extrema direita. Isso não permitiu a formação de um governo, levou à convocação de novas eleições e aumentou o risco de que a Grécia não receba novas parcelas da ajuda internacional e seja obrigada a abandonar a união monetária europeia.

Agora, diante de enorme pressão do resto da Europa para que os gregos aceitem o rigoroso plano de ajuste fiscal, os conservadores ultrapassam a frente de esquerda Syriza, que é a favor do euro, mas quer romper os acordos, que considera "inaceitáveis".

A vantagem da Nova Democracia nas pesquisas divulgadas hoje varia de 1,3% a 5,7%. É importante que chegue em primeiro lugar. Pela lei grega, para facilitar a formação de governos estáveis, o partido vencedor ganha um bônus de 50 cadeiras no Parlamento.

Uma vitória da Syriza seria o sinal de saída da Zona do Euro.

O Partido Socialista Pan-Helênico (Pasok), que historicamente disputava o poder com a Nova Democracia, promete suavizar o remédio amargo em aliança com outros partidos de esquerda, animado pela vitória de François Hollande na eleição presidencial na França. Foi duramente criticado pela diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, ex-ministra das Finanças do governo conservador de Nicolas Sarkozy.

Lagarde criticou os gregos por "não pagarem impostos" e descartou a possibilidade de revisar os acordos. Chegou a dizer que tem mais pena das crianças da África.

Para o líder socialista e ex-ministro das Finanças grego Evangelos Venizelos, foi "um insulto".

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