O Irã admitiu ontem que seus sistemas de computadores foram invadidos pelo vírus Flame (Chama), numa guerra cibernética destinada a investigar o programa nuclear do país, suspeito de estar desenvolvendo a bomba atômica. Nenhum dos antivírus disponíveis no mercado conseguiu neutralizá-lo.
É o segundo ataque cibernético contra o programa nuclear iraniano. Em 2010, o vírus Stuxnet provocou grandes danos às centrífugas enriquecedoras de urânio da república islâmica.
Este novo vírus pode ter cinco anos. É um espião. Não destroi nada. Coleta informações secretamente. Pode, por exemplo, captar tudo o que se fala no microfone do computador. Registra todos os passos do usuário no teclado, os sítios que ele visita na Internet, copia as senhas de acesso e monitora o Skype. Pelo grau de sofisticação, os especialistas acreditam que tenha sido criado por um serviço secreto.
O laboratório russo Kasperky, produtor de programas antivírus, acredita que "a complexidade e a funcionalidade do programa malicioso recém-descoberto excede todas as outras ameaças cibernéticas conhecidas até hoje", reporta o jornal The New York Times.
Para Kamran Napelian, da Equipe de Respostas de Emergência do Sistema de Computação do Irã, "a criptografia do vírus é de um padrão especial que a gente só vê vindo de Israel. Infelizmente, eles são muito poderosos em tecnologia da informação".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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