Em reação contra o massacre de 108 pessoas no fim de semana na cidade de Hula, seis potências ocidentais - Alemanha, Canadá, Espanha, França, Itália e Reino Unido - e a Austrália expulsaram os embaixadores da Síria. O Brasil mantém sua política de avestruz, insistindo em manter o diálogo com a ditadura de Bachar Assad.
Uma investigação preliminar das Nações Unidas indica que menos de 20 pessoas foram mortas no bombardeio em Hula. A maioria foi executada a sangue frio por milícias aliadas do Exército da Síria.
A ditadura de Bachar Assad nega responsabilidade, atribuindo a ação a "terroristas", como costuma chamar os rebeldes que lutam há um ano pela liberalização do regime.
No domingo, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou pela primeira vez as autoridades sírias, mas a Rússia insiste em levantar dúvidas sobre a autoria do massacre. Os países ocidentais pressionam Moscou a abandonar Assad e aumentar a pressão para que o ditador aceita o plano de paz de seis pontos do ex-secretário-geral Kofi Annan, que esteve hoje com o presidente sírio.
O plano de paz prevê um cessar-fogo que deveria estar em vigor desde 12 de abril, a retirada de tropas e tanques das cidades, a libertação dos presos políticos que não cometeram atos de violência, a livre circulação de jornalistas, um diálogo nacional e a realização de eleições livres.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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