O supremo tribunal do Reino Unido rejeitou hoje um pedido da defesa do australiano Julian Assange, fundador do sítio WikiLeaks, que revela documento secretos de governos e empresas, para impedir sua extradição para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. Mas deu mais uma chance para que ele possa apelar.
Assange está há um ano e meio sob prisão domiciliar. Resiste a uma ordem de prisão europeia, um instrumento usado na União Europeia sob o pressuposto de que todo mundo terá direito a um julgamento justo em qualquer país do bloco europeu.
A defesa teme que da Suécia ele seja enviado para os Estados Unidos, onde é procurado por ter revelado mais de 250 mil documentos sigilosos do Departamento de Estado.
Na Suprema Corte britânica, Assange perdeu por 5 a 2. Numa decisão rara, o tribunal aceitou mais um recurso.
Os advogados de defesa contestam a decisão por os juízes consideraram um promotor público como "autoridade judicial". Contestam a interpretação do tribunal sobre os tratados europeus. Alegam que só um juiz poderia emitir o mandato de prisão europeu, informa o jornal inglês The Guardian.
Se perder, Assange ainda pode recorrer à Corte Europeia de Direitos Humanos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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