Para combater a crise econômica, a taxa básica de juros do BCE está em 1% ao ano. A queda da inflação gerou expectativa de que o banco faça mais para ajudar seus países-membros.
O presidente do BCE, o italiano Mario Draghi, rejeitou hoje mais uma vez as pressões para que o banco seja mais ativo no combate à crise das dívidas públicas. Ele deixou claro que quem precisa fazer mais são as autoridades políticas da Europa.
A crise atual é considerada mais um problema de falta de liderança política. O problema se agravou com a eleição do socialista François Hollande para a Presidência da França, em 6 de maio.
Hollande insiste na introdução de mecanismos para estimular o crescimento, enquanto a Alemanha defende uma disciplina orçamentária rigorosa para equilibrar as contas públicas. Essa divergência quanto ao caminho a seguir para superar a crise seria responsável pela alta nos juros exigidos pelo mercado para refinanciar a as dívidas públicas da Espanha e da Itália, duas economias grandes demais para terem suas dívidas resgatadas pela Zona do Euro.
Em uma severa advertência, o comissário europeu para Economia, Oli Rehn, alertou hoje que a Eurozona corre o risco de uma "desintegração" que levaria seus países a uma "depressão" econômica. Ele considerou contraproducente o debate atual entre austeridade e crescimento e propôs três ações contra a crise das dívidas públicas:
- Manter os programas de ajuste fiscal para cortar déficits e equilibrar orçamentos.
- Fazer reformas estruturais para aumentar a competitividade da economia europeia.
- Promover investimentos públicos e privados para retomar o crescimento.
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