A tropa de elite Qods, braço da Guarda Revolucionária do Irã para ações no exterior, está apoiando a ditadura de Bachar Assad na guerra civil da Síria, admitiu neste fim de semana um alto comandante da tropa de elite.
Em entrevista à Agência de Notícias República Islâmica, o subcomandante da força Qods, Ismail Ghaani, afirmou que, "se a república islâmica não estivesse presente na Síria, muito mais massacres teriam sido perpetrados", informa o jornal inglês The Guardian, acrescentando que a notícia foi logo retirada do ar.
O regime de Bachar Assad é o único país aliado do Irã no Oriente Médio. A república dos aiatolás luta para não ficar isolada.
A brigada Qods, batizada com o nome árabe de Jerusalém, responde diretamente ao Supremo Líder Espiritual, aiatolá Ali Khamenei. Visa a difundir a revolução islâmica, treinando e armando grupos aliados no exterior.
Durante a chamada Primavera Árabe, a mídia oficial da ditadura teocrática iraniana apoiou as revoltas na Tunísia, Egito, Líbia, Bahrein e Iêmen, apresentando-as como um "renascimento islâmico", mas é contra o levante contra seu aliado Assad.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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