segunda-feira, 21 de maio de 2012

UE pede moderação ao radical eleito presidente da Sérvia

Doze anos e meio depois da queda do sanguinário ditador Slobodan Milosevic, seus partidários ultranacionalistas retomaram o poder na Sérvia, levando a União Europeia a pedir moderação hoje ao presidente eleito, Tomislav Nikolic.

É mais um resultado da crise econômica, que está provocando um avanço dos partidos de extrema direita em todo o continente. O desemprego na Sérvia está em 24%.

"Esta eleição não era para decidir quem vai levar a Sérvia para a UE, mas, sim, quem vai resolver os problemas econômicos deixados pelo Partido Democrata", declarou o presidente eleito.

Depois de perder em 2004 e 2008, Nikolic venceu ontem por 49,4% a 47,4% no segundo turno o atual presidente, Boris Tadic, que mandou para o Tribunal das Nações Unidas para Crimes de Guerra na antiga Iugoslávia, em Haia, na Holanda, tanto o líder sérvio na Bósnia-Herzegovina, Radovan Karadzic, quanto o seu comandante militar, general Ratko Mladic. O primeiro-ministro que mandou Milosevic para o tribunal de Haia foi assassinado.

O vitorioso Partido Progressista da Sérvia é uma refundação do Partido Radical Sérvio, cujo líder, Vojislav Seselj, também está em Haia.

Ao cumprimentar o oponente, Tadic advertiu que "será um erro se a Sérvia mudar sua orientação [rumo à integração na Europa]. É uma questão de paz e desenvolvimento econômico".

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