O euro caiu hoje a sua menor cotação em quase dois anos e as bolsas de valores estão em baixa no mundo inteiro por medo de que a Grécia seja obrigada a deixar a união monetária. Diminui a esperança de que os líderes da União Europeia cheguem a um acordo numa reunião de cúpula marcada para esta noite em Bruxelas para promover o crescimento econômico.
No pior dia desde 23 de abril na Europa, a desvalorização medida pelo índice Stoxx Europe 600 foi de 2,1%, com perdas de 2,5% em Londres; 2,3% em Frankfurt, na Alemanha; 2,6% em Paris, na França; 3,7% em Milão, na Itália; e 3,3% em Madri, na Espanha.
Em Nova York, neste momento, os principais índices caem mais de 1,4%. A Bolsa de S. Paulo perda mais de 3%.
"As divergências entre a Alemanha e a França em questões como o lançamento de eurobônus, e o debate crescimento versus austeridade, levaram os mercados a acreditar que nada substancial vai emergir", declarou um analista ouvido pelo jornal The Wall St. Journal.
Um leilão de títulos de dois anos da dívida pública da Alemanha pagando juro zero indica que há uma fuga para a qualidade, para aplicações de menor risco. Os juros pagos pelos bônus da Finlândia, da Holanda e do Reino Unido também caíram.
A moeda comum europeia baixou para US$ 1,2562, a menor cotação desde julho de 2010, e se recuperou um pouco. A expectativa do mercado se deteriorou depois que o ex-primeiro-ministro e ex-presidente do banco central da Grécia Lucas Papademos admitiu a possibilidade de que a saída do país da Zona do Euro já esteja em preparação.
"Enquanto os bancos centrais não tomarem medidas para garantir a liquidez como uma nova troca de moedas e o FMI (Fundo Monetário Internacional) ficar em silêncio em relação às eleições de 17 de junho na Grécia, os corretores devem continuar vendendo euros e testando-o até chegar às cotações mais baixas de 2010, abaixo de US$ 1,18", previu Ashraf Laidi, estrategista global da plataforma de negociações City Index, citado pelo sítio Market Watch.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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