A economia do Brasil passa por um momento difícil, com pressões inflacionárias e queda na produção, mas as previsões de que um dos grandes países emergentes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) está perdendo o brilho e a atratividade são prematuras, afirma o economista americano Albert Fishlow. Ele acredita no futuro do Brasil em longo prazo.
Em artigo na revista Foreign Policy, do grupo The Washington Post, Fishlow, que foi orientador do doutorado do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, responde a um artigo de Ruchir Sharma, gerente do banco Morgan Stanley na revista Foreign Affairs anunciando que o "momento mágico" do Brasil passou.
Mesmo reconhecendo as deficiências de infraestrutura e as pressões inflacionárias no Brasil, Fishlow acredita que os preços estão sob controle e que a ação coordenada do governo e do Banco Central para baixar os juros terá impacto positivo. Também argumenta que Sharma ignora o aumento nas exportações de petróleo que a exploração do pré-sal trará até o fim da década.
O sucesso do Brasil em longo prazo, acrescenta Fishlow, depende apenas de sua capacidade de coordenar e integrar os setores de agricultura, mineração, petróleo, indústria e serviços. "Poucos países do mundo", conclui, "tem uma base econômica tão diversificada e tanto potencial de crescimento".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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