Ao receber hoje em Berlim o novo presidente da França, François Hollande, a chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, insistiu em que "queremos a Grécia na Zona do Euro" e "a maioria do povo grego também quer".
As negociações para formar um novo governo na Grécia depois das eleições de 6 de maio entraram em colapso hoje. Novas eleições serão realizadas daqui a um mês, mas, como 60% dos gregos votaram contra o plano de ajuste fiscal acertado com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), é possível que o impasse permaneça.
Antes de jantar com a chefe de governo alemã, Hollande declarou que é preciso ajudar a Grécia a sair desta situação estimulando o crescimento econômico: "Precisamos ajudar a Grécia a encontrar soluções".
Diante da insistência dos repórteres, o presidente francês reiterou sua intenção de rediscutir o pacto fiscal da Eurozona para introduzir elementos que incentivem o crescimento, dizendo que ideias e propostas neste sentido serão examinadas.
"Nossos valores vão muito além da moeda comum", afirmou a chanceler alemã, lembrando que a União Europeia é uma aliança de países que decidir abrir mão da violência para resolver seus conflitos pacificamente depois de duas guerras mundiais.
Hollande rejeitou a sugestão de que o fato de Merkel vir da direita e ele da esquerda crie um problema de entendimento no eixo franco-alemão, que desde o início foi a base do processo de integração da Europa, lembrando que outros líderes de tendências políticas diferentes chegaram a acordos no passado.
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