O governo de Israel está dividido no debate em torno de um possível bombardeio para tentar destruir o programa nuclear do Irã. Enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa, Ehud Barak, acreditam que o tempo está se esgotando para impedir que o regime fundamentalista iraniano faça a bomba atômica, o ministro de Assuntos Estratégicos, Moshe Yaalon, só admite atacar ao lado dos Estados Unidos.
Cerca de 80% dos israelenses temem a retaliação do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e da milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus), indica uma pesquisa divulgada hoje pelo jornal liberal Haaretz.
Ontem, os militares israelenses testaram um míssil balístico, mas alegaram que estava programado muito antes do noticiário atual sobre um ataque ao Irã. Na semana passada, a Força Aérea de Israel treinou ataques a longa distância numa base da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Itália.
Uma das vozes mais extremistas do governo, o ministro do Exterior, Avigdor Lieberman, acusou o Irã de ser a maior ameaça à paz mundial.
O comandante do Estado Maior das Forças Armadas do Irã, general Hassan Firouzabadi, advertiu Israel e os Estados Unidas das sérias consequências que um bombardeio traria para os dois países, que seriam contra-atacados pelo Irã e seus aliados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Possível ataque ao Irã divide governo de Israel
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