Os ministros civis do Egito pediram demissão coletivamente hoje em reação às mortes de pelo menos 33 pessoas em confrontos entre a polícia e manifestantes que não aceitam a tutela dos militares sobre a nascente democracia do país.
Outras 1.750 pessoas saíram feridas, na pior onda de violência no Egito desde a queda do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, informa a TV pública britânica BBC.
Ainda não está claro se a demissão será aceita pelo Conselho Supremo das Forças Armadas. A rede de TV árabe Al Jazira diz que foi, mas a BBC não confirma.
Na Praça da Libertação, o berço da revolução, no centro do Cairo, a multidão já pede a queda do marechal Mohamed Hussein Tantawi, ministro da Defesa e presidente do conselho que assumiu o poder depois da queda de Mubarak.
Além do papel de guardiães da Constituição, os militares, que na prática governam o Egito desde o fim da monarquia, em 1952, têm enormes interesses econômicos que desejam preservar. Eles garantem que a atual onda de violência não vai impedir a realização das eleições parlamentares marcadas para 28 de novembro de 2011, noticia a agência Reuters.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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