Na repressão violenta contra a revolta popular pela liberalização do regime, as forças de segurança da Síria mataram pelo menos 256 crianças, muitas torturadas até a morte, e cometeram outros crimes contra a humanidade, denunciou hoje uma investigação independente conduzida pelas Nações Unidas.
O relatório aponta o uso indiscriminado da força pela ditadura de Bachar Assad ao "disparar indiscriminadamente contra manifestantes desarmados", enquanto atiradores instalados em pontos estratégicos atiravam na cabeça e na parte superior do corpo, com o intuito claro de matar.
"Esses crimes incluem assassinato, tortura, estupro e outras formas de violência sexual", declarou o cientista social brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da comissão, que não recebeu autorização para entrar na Síria, mas conseguiu ouvir 223 testemunhas e vítimas da ditadura. "Temos um sólido conjunto de provas", acrescentou o professor em entrevista coletiva reportada pela TV britânica Sky News.
A ONU estima que o total de mortos desde o início da revolta síria, em 15 de março de 2011, passa de 3,5 mil. Com as outras mortes noticiadas depois dessa estimativa, esse número deve estar em torno de 4 mil.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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