segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ONU acusa Síria de crimes contra a humanidade

Na repressão violenta contra a revolta popular pela liberalização do regime, as forças de segurança da Síria mataram pelo menos 256 crianças, muitas torturadas até a morte, e cometeram outros crimes contra a humanidade, denunciou hoje uma investigação independente conduzida pelas Nações Unidas.

O relatório aponta o uso indiscriminado da força pela ditadura de Bachar Assad ao "disparar indiscriminadamente contra manifestantes desarmados", enquanto atiradores instalados em pontos estratégicos atiravam na cabeça e na parte superior do corpo, com o intuito claro de matar.

"Esses crimes incluem assassinato, tortura, estupro e outras formas de violência sexual", declarou o cientista social brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da comissão, que não recebeu autorização para entrar na Síria, mas conseguiu ouvir 223 testemunhas e vítimas da ditadura. "Temos um sólido conjunto de provas", acrescentou o professor em entrevista coletiva reportada pela TV britânica Sky News.

A ONU estima que o total de mortos desde o início da revolta síria, em 15 de março de 2011, passa de 3,5 mil. Com as outras mortes noticiadas depois dessa estimativa, esse número deve estar em torno de 4 mil.

Nenhum comentário: