As primeiras eleições democráticas da História do Egito entraram hoje no segundo dia de votação com alto comparecimento às urnas, informa a agência Associated Press, sem denúncias de fraude ou ataques a zonas eleitorais depois de duas semanas de protestos e violentos choques com a polícia que deixaram 41 mortos, noticia o jornal The New York Times.
A Irmandade Muçulmana é favorita, mas não deve obter maioria absoluta no futuro parlamento, encarregado de reformar a Constituição.
Haverá mais votação em 14 de dezembro e 3 de janeiro. Os resultados oficiais das eleições para a Câmara são esperados em 13 de janeiro.
Num sinal de confiança na nascente democracia egípcia, a Bolsa de Valores do Cairo registrou hoje alta de 6%. Antes da crise mundial de 2008-9, o Egito crescia há uma década a taxas anuais de 7% ao ano.
Os problemas econômicos ajudaram a deflagrar a revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011, mas a expectativa de crescimento de apenas 1,2% neste ano aponta dificuldades à frente para satisfazer aos milhões de jovens desempregados que foram os principais ativistas no levante popular.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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