segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Conferência de Durban retoma negociação do clima

As Nações Unidas voltam a discutir o aquecimento global, numa tentativa de retomar as negociações sobre um acordo que substitua do Protocolo de Quioto, que expira no fim de 2012. Mas não há muitas esperanças de sucesso na 17ª Conferência da ONU sobre Mudança do Clima, que começa hoje em Durban, na África do Sul, e vai até 9 de dezembro.

Os países em desenvolvimento querem renovar ou prorrogar o protocolo, que obriga os países ricos a reduzir suas emissões de gases que provocam o efeito estufa em 5% em relação aos níveis de 1990, mesmo que pareça inviável.

Enquanto isso, a Rússia, o Japão e os Estados Unidos estão articulando uma proposta alternativa baseada em cortes voluntários de emissões, reporta a agência de notícias France Presse.

Os EUA, que eram o maior poluidor mundial e agora foram superados pela China, nunca aderiram a Quioto, apesar do então vice-presidente Al Gore ter ido pessoalmente à conferência que selou o acordo, na antiga capital do Japão. Quando o presidente Bill Clinton assinou o protocolo, no seu último dia de governo, sabia que não tinha a menor chance de ser ratificado pelo Senado. Queria deixar o ônus do veto a George W. Bush.

Nem a China nem os EUA parecem dispostos a fazer concessões, como ficou evidente na Conferência de Copenhague, em dezembro de 2009. Das grandes potências, só a União Europeia está pronta a reduzir as emissões na medida necessária, mas é responsável por apenas 11% do total.

O presidente Barack Obama não conseguiu aprovar no Congresso nenhum projeto para reduzir emissões. Sob pressão da direita, que alega que regulamentações ambientais prejudicam a economia e destroem empregos, adiou a implementação de medidas da Lei de Ar Puro.

Por sua vez, as duas grandes potências emergentes da Ásia, a China e a Índia, cada uma com mais de 1 bilhão de habitantes, são os países com maior potencial de aumento das emissões de gases estufa, mas não admitem abrir mão de seu desenvolvimento e ainda têm centenas de milhões de pessoas para tirar da pobreza. Isso exige maior consumo de energia.

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