Depois de muita resistência, a Alemanha está disposta a aceitar que o Banco Central da Europa compre em grande escala títulos das dívidas públicas dos países da Zona do Euro em dificuldades para honrar seus compromissos.
A medida faz parte de plano para acalmar os mercados, evitar um colapso do euro e aprofundar a integração econômica europeia com uma união fiscal. Um novo pacto da estabilidade mais rigoroso estaria sendo negociado entre a Alemanha e a França, as duas maiores potências econômicas do continente, que já são acusadas de criar um diretório, colocando-se acima dos demais parceiros.
Na legislação europeia, está prevista a chamada "cooperação reforçada", que pode começar com um acordo bilateral mas precisa do apoio de pelo menos oito sócios.
O pacote deve ser apresentado numa reunião de cúpula da União Europeia em 9 de dezembro. Seu maior risco é criar uma Europa em dois tempos: a Grécia, a Irlanda e Portugal não teriam condições de se enquadrar no novo pacto de estabilidade. A Eslovênia, a Espanha e a Itália também poderiam ter dificuldades, observa o jornal espanhol El País.
Diante da perspectiva de novas medidas para conter a crise das dívidas públicas na Eurozona e da venda recorde na Sexta-Feira Negra nos Estados Unidos, as bolsas operam em forte alta no mundo inteiro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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