A crise das dívidas públicas da Zona do Euro é a maior ameaça à economia mundial e exige medidas urgentes. Um colapso da união monetária europeia não pode ser descartado, alertou hoje a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), reduzindo sua previsão de crescimento para a economia mundial de 4,2% para 3,8% em 2011 e de 4,6% para 3,4% em 2012.
Pelas projeções da OCDE, formada por 30 países industrializados, o Brasil deve crescer 3,4% neste ano, 3,2% em 2012 e 3,9% em 2013, abaixo da meta oficial de 5% ao ano. A inflação deve ficar em 6,5% em 2011, 5,8% em 2012 e só em 2013, com 4,7%, se aproxima do centro da meta, que é de 4,5% ao ano.
O pior cenário é inação na Europa, que deve voltar à recessão no fim deste ano, e incapacidade do Congresso dos Estados Unidos de chegar a um acordo para reduzir o déficit orçamentário da maior economia do mundo, afirma a última Perspectiva Econômica da OCDE. A União Europeia e os EUA são os maiores mercados consumidores do mundo.
Hoje, os bônus da Itália com dez anos de prazo chegaram a 7,27% ao ano. Taxas acima de 7% são consideradas insustentáveis.
"Os políticos continuam correndo atrás da curva", advertiu Pier Carlo Padoan, economista da OCDE, citado pela agência Reuters. "Isso não é mais aceitável. O tempo está se esgotando. A cada oportunidade perdida, aumenta o custo por um resultado favorável".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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